Ricardo Morgado

    Ricardo Morgado
    20/28 anos
    1.84 m
    Olhos castanhos
    Inglês (fluente), Espanhol e Francês (básico)
    Habilitações: Canto, Natação, Danças de Salão (iniciação), Carta de Condução (Categoria B)
    Agenciado por True Sparkle – Sofia Espírito Santo | sofia@true-sparkle.com
    ricardo_morgado99@hotmail.com // @ricardommorgado

    Admiro o trabalho de diversos atores, tanto portugueses como estrangeiros, o que torna difícil a escolha das minhas maiores referências. No entanto há, pelo menos, três nomes com lugar de destaque na minha “lista”, sendo um deles o nosso querido ator Ruy de Carvalho. Uma grande inspiração para todas as gerações, um exemplo de entrega, dedicação, resiliência e, sobretudo, amor por esta profissão que é, para mim, a mais bela profissão do mundo. No ramo da encenação é inevitável falar de Ricardo Neves-Neves, a minha maior referência no panorama nacional. As suas encenações são qualquer coisa de genial, tudo pensado ao pormenor, uma dramaturgia riquíssima, uma combinação perfeita entre o clássico e o contemporâneo com uma boa pitada de cultura POP, que deixa sempre os espectadores com vontade de voltar. O teatro, no meu ponto de vista, é uma “brincadeira” muito séria e se há alguém que sabe “brincar ao teatro” é ele. Por fim, há um nome que é protagonista de uma das atuações mais marcantes da minha vida: Maria do Céu Guerra. Lembro-me de vê-la no Teatro “A Barraca”, do qual também é fundadora, no espetáculo “Elogio da Loucura”. Foi uma experiência transformadora ver a leveza com que encarnou aquela personagem, a sua graciosidade e a energia que vinha do palco, sempre que ela estava em cena.

    Representar não é só decorar um texto, é apropriar-se das palavras e tomá-las como suas. Representar não é só mudar de nome, mas também mudar os gestos, a atitude e ganhar uma nova pele. Representar é o maior ato de coragem, humildade e empatia. O ator coloca-se, literalmente, no lugar do outro, despe-se de qualquer ideia preconcebida, podendo por vezes deixar de lado as suas convicções para dar voz às urgências da personagem. Representar não é algo que se possa simplesmente definir ou delimitar, é preciso sentir, explorar, vivenciar, pôr cores, tirar cores, vestir, despir, sonhar, fazer sonhar, escutar, observar, partilhar…

    O conforto e/ou confronto do palco é algo inigualável, é algo mágico e efémero. Contudo, seja em palco, seja diante da câmara, o meu propósito não muda e tento entregar-me completamente em todas as vertentes.
    Levarei comigo uma bagagem de “ferramentas” que têm sido muito úteis para o meu crescimento enquanto artista e enquanto pessoa e que, certamente farão toda a diferença no meu percurso artístico. Foram muitos os conselhos que recebi ao longo destes três anos:  “A nossa cabeça não deve estar no resultado, mas sim na procura.” (Nuno Nunes); “Não devemos ter medo de abraçar o ridículo. Se for bem feito, o público não sabe que é ridículo” e “O público sai sempre a ganhar, por isso devemos relativizar a ideia de ‘fracasso’.” (Beatriz Batarda); “Não quero um texto decorado, quero um texto defendido”, “O prazer só vem depois do trabalho estar feito” e “Aproveitem a viagem!” (Pétronille de Saint-Rapt); “Se não te deres o tempo de ‘não saber’, nunca chegas a saber.” (Sara Carinhas).  Mais do que uma técnica ou estética que qualquer professor me tenha transmitido, é a ética de trabalho que vou guardar com mais carinho e atenção. Graças a todos eles e à turma fantástica que tive a sorte de integrar, aprendi a ser, estar, ouvir, partilhar, pensar alto, pensar mais longe, para fora da minha bolha e, sobretudo, aprendi a ser mais livre em tudo o que faço.