Luz Barbosa
22 anos
1,69m
65kg
Olhos verdes-claros
Fluente em inglês e francês, natural de Lisboa.
10 anos de Ballet; natação; musculação; equitação (básico); carta de condução
À procura de agente
luz.ta.barbosa21@gmail.com // @luz.barbosa
1 – Parece-me ingrato ter de escolher apenas dois ou três artistas que admiro. Sou uma grande amante de cinema, tanto europeu passando por génios como Godard, Almodóvar, e Truffaut, mas também de Stanley Kubrick tanto pelo seu perfeccionismo e a sua atenção ao detalhe como pela sua versatilidade e inovação. Já no ramo da representação não posso deixar de mencionar a minha grande admiração pelo Marlon Brando, pela maneira como sempre se entregou a 100% a tudo o que fez, lembro-me de ler uma passagem de um livro de Pauline Kael que revelava uma vez que foi ver Brando na peça “Truckline Café” e achou que ele estava a ter “seizure on stage”, ficou com pena dele e só depois percebeu que era ele a representar! São tantos os nomes, como Cate Blanchett, Tilda Swinton, Viola Davis, Timothee Chalamet, Daniel Day-Lewis… e claro, nomes portugueses como Beatriz Batarda, Rita Blanco, Nicolau Breyner, Albano Jerónimo… Acho que nomes não faltam de grandes atores que admiro e muito me ensinaram só de ver!
2 – O que é representar? The ultimate question, não é verdade? Tem graça porque, ao longo dos anos, um aluno de teatro ouve inúmeras vezes: “representar é ….” e as respostas vindas de cada pessoa são sempre diferentes. Há sempre as convencionais, as mais profundas, as mais complexas e as mais pessoais, mas acho que, no fim do dia, não há uma resposta certa, nem uma só resposta. É um junção de tanta coisa e cabe-nos a nós absorver as respostas que nos fazem sentido e que nos vão ajudar a ser melhores atores e pessoas. Não precisamos de concordar no que é porque, pelo que percebi, há quem tenha respostas bastante opostas, and that ‘s okay! Já perdi muito sono a tentar responder a essa grande pergunta, acho que vem com o pacote de querer ser atriz – não ter uma resposta final para essa pergunta. No entanto, se pudesse tentar chegar lá, diria que é ter a liberdade de sermos outra pessoa sem nos esquecermos da responsabilidade que isso traz consigo. No meu caso, sinto que é a oportunidade de estar livre de preconceitos. Em palco, sinto que naqueles m2 ninguém me pode julgar e não há nada que me deixe mais feliz e livre que isso, remonta à minha infância.
3 – Onde houver desafios! No entanto, por mais que seja uma grande amante de cinema, não posso negar que acho que o palco me dá mais liberdade que a câmara enquanto atriz, mas acho que depende também dos encenadores e realizadores com quem trabalho e a liberdade que dão.
4 – Não tenho palavras para agradecer e apontar tudo o que a Act me deu. Acima de tudo, agradeço porque saio destes anos a olhar para a Act como uma família e não só como uma escola. Por terem um olhar atento e personalizado para cada aluno. Entrei uma tela branca e sinto que a Act me foi pintando de várias cores diferentes. Acho essencial, no trabalho de atriz, não aprender uma só técnica, mas sim o máximo que conseguir de tudo e a Act deu-me essa oferta. Não me pintaram de uma só cor, mas de muitíssimas, inclusive cores que eu achava que não gostava e que não serviam para nada.
O facto de termos tanta oferta desde módulos de voz, corpo, teatro clássico e contemporâneo a módulos de televisão e cinema entre tantos outros, dá-nos uma bagagem e uma escola muito completa que um ator precisa mesmo. Como me disse a Beatriz Batarda, “temos que consumir o máximo que conseguirmos” e a Act deu-me tanto a consumir e fez-me crescer de inúmeras maneiras enquanto atriz. Desde as aulas muito intensas da Paula Careto, às aulas onde me descobri muito enquanto atriz com o Nuno Leão, às aulas com a Sofia de Portugal e o seu olhar mágico e apaixonado que tem pela arte, à residência no Bando onde sinto que encaixei que nem uma luva, às aulas da Beatriz Batarda, que me fizeram perceber como a relação com a palavra é essencial e como é preciso saboreá-la. Acima de tudo, sempre nos disse que “o caminho não está lá, só se tu andares é que fazes a merda do caminho!” e “isto não é sobre ti.
Podia ficar aqui o dia inteiro a escrever citações que ficaram gravadas em mim dos vários professores, mas só tenho a agradecer e a dizer – obrigada por todos os dias me ensinarem a amar e respeitar mais esta arte e por me terem deixado divertir tanto.