Joana Vaz da Silva
20/30 anos
1.60 m
53/60kg
Olhos azuis
Inglês e espanhol (fluente), francês (intermédio)
Habilitações: carta de condução, guitarra, canto (5 anos com formadores da Diogo Pinto Vocal Studios), dança (broadway jazz e contemporâneo 1 ano na Stagedoor e 3 anos de jazz na Academia de Palco), patinagem (em linha e no gelo, formação básica por AM live), vela (pré-competição em optimist no CNC), sonoplastias, dobragens (Audio In, Buggin Media), licenciatura em gestão na Nova SBE
À procura de agente internacional
123joanavs@gmail.com
Destaco o trabalho de Miguel Thiré, pela encenação de Alice – O Outro Lado da História. Enquanto espectadora procuro a experiência, ser transportada e transformada, e o teatro imersivo permite uma experiência de corpo inteiro. A história foi sendo revelada, de vários pontos de vista contraditórios, e sem uma ordem cronológica fixa. A ambiguidade, tensão e desconforto impeliram-me a tomar uma posição, tornando a indiferença impossível. Este é o nível de impacto que quero causar no público: tornar a indiferença impossível.
Guilherme Leme Garcia, pela encenação de Intimidade Indecente, que conta a história de duas vidas que se cruzam ao longo de 20 anos sem precisar de mais que um sofá e dois atores em cena. Acredito que o teatro é justo quando usa os mínimos essenciais e se despe de tudo o que é acessório e possa roubar o foco do espectador em vão.
Jim Carrey pela comédia física, porque trabalha com o corpo inteiro, enche cada cena de propostas, e mesmo quando entra no absurdo ou passa pelos limites do ridículo há algo que continua a ser verdade. Também como exemplo de alguém que consegue ser plástico e camaleónico, mas ficou preso a uma forma que passou a ser a sua imagem de marca. Tento deixar o meu cunho em cada personagem e desprender-me da minha forma. Quero ser camaleónica.
Representar é um exercício de compaixão pela personagem que nos calha e de escuta de quem está em cena; serve para fugir à dormência e estacionariedade, para alterar o estado de quem vê, para fazer ressoar as inquietações.
O palco é claramente a minha zona de conforto, só recentemente comecei a perceber as subtilezas da câmara.
Levo comigo uma “boa dramaturgia” (Rita Brito), “facilidade no improviso” (Juliana Pinho), “um sério caso de atriz” (Sofia de Portugal), um “usa as diagonais!” (Nuno Nunes), um “estás a mentir-me”, “tens de criar uma relação mais honesta com o trabalho“, e dois anos depois um “era sobre isto: presença, escuta” (Beatriz Batarda), e acima de tudo um processo de trabalho mais estruturado: experimentação, em que vale tudo e tudo está em aberto, apuração em que se elimina os artifícios e se encontra a essência das descobertas, e consciência em cena, para que a proposta sirva como âncora sem que se perca a verdade daquele momento na repetição.