
Com Fernando Villas-Boas
15 de Junho a 15 Julho
Terças e Quintas
19h30 às 21h30
20 horas
100€
Fernando Villas-Boas trabalha há 21 anos como tradutor de cena, e tem sido formador na ACT nos últimos 4 anos, nos módulos de História do Teatro, Dramaturgia e oficina de Leituras.
Tem traduzido teatro de autores do nosso tempo, i.e., desde Ibsen, passando por Tennessee Williams ou Samuel Beckett, sempre para a cena em primeiro lugar, e, no que se tornou um caminho de constante aperfeiçoamento, traduziu (e por vezes adaptou), uma parte importante da obra de Shakespeare, na sua forma mais chegada ao original: em verso branco ou rimado, e prosa ritmada: A Tempestade; Romeu e Julieta (editada e incluída no Plano Nacional de Leitura; 2ª edição revista em 2019); Macbeth (versões integral e para elenco reduzido); O Mercador de Veneza; Ricardo II; Sonho de Uma Noite de Verão; Medida Por Medida; Muito Barulho Por Nada; Timão de Atenas; Júlio César; Rei Lear e Hamlet (versões do «Fólio», editada e co-produzida a primeira pelo TNSJ); À Vossa Vontade e Coriolano (co-produzidas e editadas pelo TNDM II); para além de Péricles, adaptada em prosa poética, e Hamlet, reescrita e remontada a partir da primeira edição, Q1 ou “Mau Quarto” (com Jorge Andrade). Publicou poesia nas revistas Colóquio/Letras e Flanzine. Como autor, teve em cena, entre outros textos, O Morto e a Máquina (2006); Guiné Meu Amor (2008) Chorar e Secar (2011), Pedro e Inês (2014), Otelo (2016).
Workshop para maiores de 16 anos
Este workshop está aberto a qualquer amante do Teatro, independentemente do seu conhecimento, experiência pessoal ou profissional.
As sessões decorrem na plataforma Zoom.
Lamento informar os interessados, mas a história do teatro não existe nem pode existir com alguma consistência. O objecto de estudo é impossível de conter.
Existem visões do que aconteceu, do que pode ter acontecido.
Mas, muito melhor, existem as visões do que pode acontecer ou voltar a acontecer a qualquer momento!
Aristóteles, de cujas ideias sobre o teatro antigo, a tragédia em especial, sempre falámos demasiado para o pouco que nos podem dar a ver, tinha esta ideia mais geral sobre a diferença entre História e Poesia:
A História é o que aconteceu. A Poesia é o que pode acontecer.
Interessa-nos a Poesia. O que não sabemos ao certo mas somos obrigados a imaginar, para ver melhor, é mais urgente do que os resíduos do passado: máscaras, ou réplicas de máscaras, anfiteatros de pedra construídos sobre outros, esquecidos; mais relatos e especulações, iconografia e materiais diversos, pautas de música ou mesmo registos audiovisuais, que não passam de fragmentos e distorções do acontecimento vivo. Por fim, à margem disso tudo, temos os textos. Acima de tudo, os textos.
São textos que não foram feitos, como muitos esquecem, para as estantes e para a leitura, mas sempre para um palco. As vozes. O movimento. Um público.
Vamos falar disso. Das vozes e do movimento que ainda estão (ou deveriam estar, no caso das traduções) guardados em textos que têm 50, 450, ou 2500 anos… e que podem voltar a acontecer.
Fernando Villas-Boas
Mapa das sessões:
Aula 1 & 2
Passado e presente no teatro: avisos aos turistas.
Um lugar único, numa cidade única: o Teatro de Diónisos, um deus intrigante. A Tragédia: distante e próxima, perdida e presente. O autor contemporâneo face à arte da tragédia.
Começo de um percurso por algumas tragédias recomendadas: desde Os Persas até As Bacantes.
A encenação de Peter Hall da trilogia Oresteia, de Ésquilo, no National Theatre e no antigo Epidauro. Um momento-chave.
Aula 3 & 4
(Continuação do percurso por algumas tragédias recomendadas.) Os bons problemas que a tragédia continua a pôr a intérpretes e público.
O problema da Tragédia vertida em português como material cénico: a tragédia existe? Somos capazes de fazer tragédia?
Porque é que tantas peças são apresentadas como “tão actuais”, como se fosse possível não o serem, quando postas em cena? A Tragédia como teatro contemporâneo.
Alguns pensadores do nosso tempo que são pensadores da Tragédia.
Aula 5 & 6
A Comédia ateniense clássica e a sua nunca igualada liberdade. A Comédia Nova, o comércio cultural helénico e as origens do enredo dramático tal qual o conhecemos. Ascensão e queda de Roma e do seu teatro. O lento recomeço medieval. Sementes de teatro popular em terreno sagrado. A comédia nascida da oração.
Aula 7 & 8
A Commedia dell’Arte e o seu longo caminho de fusão de memória literária e teatro popular. O Renascimento.
O regresso da tragédia. As melhores origens: as inventadas. Shakespeare e os seus vilões heróicos. Ricardo III e o conceito do “homem-camaleão”. A tragédia antiga dentro de Hamlet. Petrarquismo, literatura de cordel, drama e farsa em Romeu e Julieta.
As lições de sempre do Professor John Barton para uso imediato.
Aula 9 & 10
O século XIX e a indústria do espectáculo.
O teatro temporariamente no centro das atenções: Ibsen, Strindberg, Tchékhov. O Teatro das Ideias. Ibsen em cena: “actualizar” o quê?
O século XX: outro grande século do teatro. Do teatro “Moderno” para o teatro a seguir às duas Guerras Mundiais. O agora, que é o princípio sempre outra vez, ou nem por isso.
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